Alunos de escola pública do DF visitam instalações da Suprema Corte

O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu suas portas na manhã desta quinta-feira (3) para receber um grupo de alunos de seis turmas de 3º ano da Escola Classe 39 de Ceilândia (DF). Os 69 estudantes, com idade entre 8 e 10 anos, e os 13 professores e funcionários da escola foram recebidos pelo Cerimonial do STF. Surpresos, eles puderam ver de perto, o que só tinham visto pela televisão: “A sala de julgamento!”, disseram vários deles quando entraram no Plenário do Tribunal.

Por dentro do STF

Assim como a menina Sarah Souza Alves, todos eles só conheciam a mais alta Corte do país pelo lado de fora, quando passavam em frente. Poder entrar no prédio e ver como tudo é por dentro – as estátuas do Hall dos Bustos, as obras de arte nas paredes, o tapete vermelho com os quadros das composições do Tribunal, o armário que guarda as togas dos ministros – deixou as crianças fascinadas. Durante a visita, os estudantes também puderam visitar a exposição Movimento em Repouso, do fotógrafo alemão Thomas Kellner, que traz fotos de monumentos de Brasília como se estivessem “desconstruídos”.

Inclusão

Os irmãos gêmeos Juliana e Julian Batista de Castro também ficaram encantados com as instalações do STF e em saber sobre a visitação com guias que explicam tudo sobre a Corte na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Eles disseram que são Coda (Children os Deaf Adults), denominação dada aos filhos ouvintes de pais surdos, e que querem um dia voltar ao Tribunal junto com seus pais. Foi com eles que os gêmeos aprenderam a se comunicar por sinais, junto com a alfabetização tradicional que aprenderam na escola.

Cartilha

A visita dos estudantes foi motivada por uma outra iniciativa da Suprema Corte: a cartilha feita em formato de gibi, fruto de uma parceria com a Editora Maurício de Souza. O colégio recebeu alguns dos 400 mil exemplares produzidos pelo STF para distribuição gratuita em escolas públicas de todo o país. 

A professora Simone Dias explicou que docentes e coordenadores da escola começaram a trabalhar em sala de aula valores de cidadania apresentados na cartilha, como questões de acessibilidade, ilustradas por Lucas, um dos personagens da historinha que é cadeirante. A revistinha busca ensinar às crianças noções de Justiça, Cidadania e funcionamento dos Poderes da República. Ela relatou que um dos alunos perguntou por que entre os ministros havia “só duas mulheres e os outros todos homens”.

Já a professora Gilmária Rodrigues Leite disse que o contato das crianças com as instituições e os Poderes da República é fundamental para o desenvolvimento estudantil, porque eles podem “conhecer como tudo funciona”. A ideia, segundo o secretário da escola, Jaziel Barros de Oliveira, é estender a iniciativa a alunos de outras séries, em especial aos alunos do 4º ano, quando eles começam a aprender sobre as instituições da República.

Ao final da visita os alunos receberam um lanche no restaurante do Tribunal. Lá o menino Yudisson da Silva Oliveira falou sobre o passeio e classificou como “muito interessante a parte onde eles julgam as leis”.

As visitas escolares devem ser previamente agendadas. O roteiro dura aproximadamente uma hora. Informações sobre o programa de visitações podem ser encontradas no Portal do STF.

AR/EH

Veja a matéria original no Portal do Supremo Tribunal Federal

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