O Edifício-Sede do Supremo Tribunal Federal, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, passa por uma obra de restauração das esquadrias e de substituição dos vidros comuns por temperados, que não produzem estilhaços em caso de quebra. É a primeira vez que o prédio, inaugurado em 1960, passa por uma obra desse tipo. O objetivo, além de preservar o patrimônio histórico, é melhorar a segurança para visitantes, advogados, servidores e colaboradores que frequentam diariamente o STF.
Os trabalhos não interferem no funcionamento normal do Plenário e das unidades localizadas no Edifício-Sede. No entanto, nos dias de sessões plenárias (quartas e quintas-feiras), as obras são suspensas no período da tarde. A restauração deve ser concluída ainda no primeiro semestre.
Cartão postal
A sede do STF, concebida pelo arquiteto Oscar Niemeyer com projeto estrutural do engenheiro Joaquim Cardozo, foi inaugurada junto com Brasília, em 21/4/1960, depois de a Corte ter funcionado durante 69 anos no Rio de Janeiro. O estudo preliminar para a obra começou em 1958, e o anteprojeto é de 1959.
Tombamento
Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artísitico Nacional (Iphan) desde 2007, o prédio é também um dos cartões postais de Brasília, cidade declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco em 1987. Em 2019, o local recebeu mais de 36 mil visitantes do país e do exterior.
Qualquer intervenção nos monumentos tombados deve seguir critérios específicos em relação ao tipo de material e à técnica empregada para a conservação e a restauração. No STF, a reforma é acompanhada por equipes do Iphan. Entre outros aspectos, as esquadrias originais que estiverem em bom estado serão preservadas, e apenas as que apresentarem sinais de corrosão serão substituídas.
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